Canção de amor da jovem louca
Sylvia Plath
Cerro os olhos e cai morto o mundo inteiro
Ergo as pálpebras e tudo volta a renascer
(Acho que te criei no interior da minha mente)
Saem valsando as estrelas, vermelhas e azuis,
Entra a galope a arbitrária escuridão:
Cerro os olhos e cai morto o mundo inteiro.
Enfeitiçaste-me, em sonhos, para a cama,
Cantaste-me para a loucura; beijaste-me para a insanidade.
(Acho que te criei no interior de minha mente)
Tomba Deus das alturas; abranda-se o fogo do inferno:
Retiram-se os serafins e os homens de Satã:
Cerro os olhos e cai morto o mundo inteiro.
Imaginei que voltarias como prometeste
Envelheço, porém, e esqueço-me do teu nome.
(Acho que te criei no interior de minha mente)
Deveria, em teu lugar, ter amado um falcão
Pelo menos, com a primavera, retornam com estrondo
Cerro os olhos e cai morto o mundo inteiro:
(Acho que te criei no interior de minha mente.)
E a minha mente nunca deixou de me dizer a verdade.
querendo ou não a verdade não se deixa omitir
O mais difícil é ir contra essa avalanche
E o mais fácil é deixar-me contaminar...
Serão apenas palavras?
Duvido.
Eu experimentei a maior de todas as lições:
Aprendi a ler seus olhos...
Beijo
Ale
2 comentários:
beijo pra você, até...
E eu acabei de ver um DVD sobre Vinicius. As melodias ficam na cabeça. E com sua canção não foi diferente, uma melodia triste me fez viajar em seus versos.
E obrigado pela visita e pelo elogio ao layout!
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