Passa lento vapor, passa e não fiques...
Passa de mim, passa da minha vista,
Vai-te de dentro do meu coração,
Perde-te no Longe, no Longe, bruma de Deus,
Perde-te, segue o teu destino e deixa-me...
Eu quem sou para que chore e interrogue?
Eu quem sou para que te fale e te ame?
Eu quem sou para que me perturbe ver-te?
Larga do cais cresce o sol, ergue-se ouro,
Luzem os telhados dos edifícios do cais,
Todo o lado de cá da cidade brilha...
In “Ode Marítima” Alvaro de Campos, in "Poemas"
Ironias á parte,
Não sou de mover montanhas
Sou áquela que derruba penhascos,
Quem julga-se detentor,
Há muito perdeu os direitos...
São só letras embaralhadas,
Porque a poesia não precisa de papel,
Alimenta-se de desejos,
Vive de sonhos,
Permeia nossos elos,
E Tá escrita na alma.
2 comentários:
Linda a sua poesia !
Ale, adorei ler isso!!
Bjao Lora!
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