sexta-feira, 18 de setembro de 2009

DOCE ENCONTRO...


Nocturno

Espírito que passas, quando o vento

Adormece no mar e surge a Lua,

Filho esquivo da noite que flutua,

Tu só entendes bem o meu tormento...

-
Como um canto longínquo – triste e lento –

Que voga e subtilmente se insinua,

Sobre o meu coração, que tumultua,

Tu vertes pouco a pouco o esquecimento...



A ti confio o sonho em que me leva

Um instinto de luz, rompendo a treva,

Buscando, entre visões, o eterno Bem.
-


E tu entendes o meu mal sem nome,

A febre de Ideal, que me consome,

Tu só, Génio da Noite, e mais ninguém!


Antero de Quental,


Várias vezes já me perguntaram porque eu gosto de poesias, de ler enfim...
Mas eu nunca soube dar nenhuma referência, me lembrava de Camões da escola, das aulas de literatura no colegial, mas nunca me prendi á nenhum título de nada que pudesse intitular essa minha fascinação pelas palavras.
Massssssssssss ontem eu achei assim, como num passe de mágica esse
poema NOCTURNO e descobri e soube de cara que foi "ELE" que me fez despertar o interesse pela leitura, essa minha obsessão e dependência pelos livros.
A identificação foi imediata .
Amei de cara...
Engraçado como as coisas acontecem.
Tanto nos livros como na vida.

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