sábado, 15 de agosto de 2009

PSEUDO-EXISTÊNCIA




Tu eras também uma pequena folha


Que tremia no meu peito.

O vento da vida pôs-te ali.


A princípio não te vi: não soube


Que ias comigo,


Até que as tuas raízes


Atravessaram o meu peito,


Se uniram aos fios do meu sangue,


Falaram pela minha boca,


Floresceram comigo.


(Pablo Neruda)



Á esquerda do meu peito,


por detrás de certos sentimentos,


Acima de qualquer suspiro,


Sempre encontro um olhar...


Uma maneira de dizer,


Um que de tocar,


Um certo jeito de medir...


Um olhar perdido mas não distante.


Uma saudade presente


Todas as vontades juntas,


Corpos pulsantes e vis,


tardes e noites corridas,


alegrias e tristezas misturadas,


Desespero ímpar.


Suspeitas equacionadas...


Desejo/Ódio/Quase amor/


Necessidade/Casualidade/Nós


Uma loucura desmedida


Um inconsequente você.


Porque é verdade


Tudo real e teu.


Acredite.


beijooooo


Ale*

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