“Na hora de pôr a mesa, éramos cinco: o meu pai, a minha mãe, as minhas irmãs e eu.
Depois, a minha irmã mais velha casou-se.
Depois a minha irmã mais nova casou-se.
Depois o meu pai morreu.
Hoje, na hora de pôr a mesa, somos cinco ,
menos a minha irmã mais velha que está na casa dela,
menos a minha irmã mais nova que está na casa dela,
menos o meu pai, menos a minha mãe viúva.
Cada um deles é um lugar vazio nesta mesa
onde como sozinho.
Mas, irão estar sempre aqui.
Na hora de pôr a mesa, seremos sempre cinco.
Enquanto um de nós estiver vivo, seremos sempre cinco.”
José Luís Peixoto em “A criança em ruínas”
Na vida sempre somos fragmentos...
Assim como um quebra-cabeças ora montado, ora despedaçado.
Minha família sofre mutações.
No momento por causa de efermidades ou doenças.
Essas de corpo ... e atingem outros tambémcom algumas da alma.
Mas o que seria da vida sem tantas revelações ???
O que realmente importa é aquilo que te toca.
E se existe presença ou não,
Temos que conviver com isso...
Um dia, num determinado instante ,
Em um dado momento ,
Assim sem prevenções, ou avisos ,
eles irão,
Nos deixarão lembranças,
Se tornarão exemplos ou livros...
Encontrarão outra vida.
E essa aqui que me pertence terá que continuar...
(be continued)
Quando não acho respostas sãs para o convencimento alheio,
Me atrevo a buscar o inquestionável,
Indagando formas inexatas,
Infringindo códigos humanos,
Decifrando o que desconheço,
Me deparando com aquilo que tenho medo.
E as respostas?
Onde procuro as soluções?
Quem prescreverá o antídoto???
Qual é a receita para o querer viver?
A bula tá ilegível...
Pare esse relógio !!!
Atrase o inevitável...
Quem se habilita ???
( Dedico essas poucas palavras para um punhadinho de gente
que tá no meu coração.)
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