quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

DEVOÇÃO...



Já entendo asas ao vento, mares, vidas, trepidarem em trevas,
Inflando a urgência dos sentidos, sem rimas nem gemidos...
Escreve teus poemas exorcizando seus dilemas
Precipita as minhas horas onde tuas ondas revoltas
varrem meu peito,
Denuncio as palavras tão guardadas,
e deixo que a poesia delate o seu ausente toque,
Deixa que eu me dilua e que agora
Amanheça distante de tanta tormenta,
Homem de sonhos nessa secreta delinqüência,
Transbordando eloqüência ...
As marés que te alagam, tantos sons se propagam
Solto as amarras e deixo-me á deriva,
São profundas tuas marcas impressas em meu mar,
Nau de palavras enfermas outrora faladas,
Agora dissipadas ...
Inundando teus veios fazendo brotar:
Tua ânsia refratada do novo amor encontrar,
Visto-me de calma
E transbordando a alma me ponho a rezar:
Busco asas
- a metáfora mais que perfeita-p/ a ti esculpir -
Um amor tão singelo quão sincero
E tão novo por vir,
Pois mereces muito além do que possa existir...

Que me falte o que te sobra: estilhaços de fé,

Despida de qualquer máscara ou disfarce:
É ausente o impasse.
A janela jaz aberta e a luz é a verdade a seguir,
Não vou só.
Há uma presença comigo:
Um pedaço de ti
Um submundo a guardar e tanto a calar...
E só sorrisos a te desejar,
Um pedaço do céu,
sem cacos de sonhos,
todas as luas,
Merecidas e tuas...

As fatais lacunas do tempo...

Tudo é passado nesse deserto hoje!
Ah... A inutilidade do TUDO!!!!
Um TUDO que agora se faz mudo
E desnudo carecendo viver...
Não morremos,
Apenas adormecemos
E agora "jás" aptos á renascer.

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