terça-feira, 22 de junho de 2010

MUITO A DIZER....






Amava aquela flor!

Nem se importava com o seu espinho

que lhe feria algumas vezes!





Niirk Landk


Todos os sentimentos ? Algum tempo? Qualquer coisa?
Na verdade acho que não.
Temos apenas as lembranças...
Era sempre dia de semana.
 Depois de um telefonema de sobreaviso,
Eu aparecia lá.
Como quem não quer nada, mas desejando tudo...
Chegava contando as novidades,
 as esquisitices da minha rotina,
As besteiras do meu dia a dia,
E o cenário era sempre a cozinha...
Eu sempre cheguei elogiando os aromas,
 tentando adivinhar os sabores,
Toda a magia,
toda alquimia em transformar comida em amor.
Ali o medo e a cobrança nunca existiam.
 Eu sentia segurança.
Toda a verdade da expressão:
 "Sentir-se em casa".
E isso dura uma vida....
a minha vida. As nossas duas...
Nem tudo são flores.
Há sorrisos, muitos beijos,
mas sempre houve tembém muitas lágrimas,
palavras ferrenhas e brigas internmináveis.
Paga-se o preço de se falar tudo aquilo que sentimos.
E sempre fomos pares nisso.
Palavras implacáveis e exageradas.
Dramalhão italiano...
guerra sempre anunciada....
Mas sempre sobrevivemos.
E acredito que seja essa a verdadeira cara
 da verdade entre mães e filhos.
Sabe aquele frescor ,
aquele sentimento de incondicionalidade...?
Uma mãe é sempre um paradigma,
um dogma a ser seguido e entendido.
Mas o mais estranho é de repente,
de uma hora pra outra
a gente passar a sentir
essa responsabilidade ás avessas.
Perceber que nossos pais são frágeis
 e não são imortais...
Constatação nua e crua.
Ainda estou tentando digerir isso...
Queria ser pra sempre a filhinha da mamãe
E ter a sempre certeza da tua presença.
Porque ainda tenho muitos TE AMO pra dizer.
Ainda não aprendi a soltar a barra de sua saia,

Sare logo !

Virar gente grande dói demais....


 
Na têmpora rolando:

6 comentários:

Valéria lima disse...

Li seu texto e achei linda a mensagem nele contida. É assim mesmo que deveria ser, nossos pais sempre suprindo a nossa necessidade de tê-los por perto.

BeijooO'

Anônimo disse...

Lorão, vim matar a saudade!

Beijocas

CANTO GERAL DO BRASIL (e outros cantos) disse...

Ale,
Lulu Santos quis ser gente grande pra poder chorar...
No fundo (e no raso) toda flor é feita de pétalas e espinho...
Vim agradecer suas palavras de estímulo semeadas lá no Canto Geral, moça polivalente de Sampa...

Abraço poético,
Pedro Ramúcio.

~*Rebeca*~ disse...

Ale,

Senti saudade da minha mãe quando li seu texto, como é difícil uma cura para a minha saudade.

Beijo imenso, menina linda.

Rebeca

-

[ rod ] ® disse...

Nem tudo é cartesiano demais. Nem toda regra é direita suficiente para não sucumbir ao coração alheio... Bom ler-te moça e obrigado por tudo.

Inside Me disse...

é amiga, crescer dói, mas é bom tb, ^^
vale a pena...