quarta-feira, 10 de junho de 2009

O NADA........



Só vivendo sobre a mudança se pode evitar a dor,


só contornando a monstruosa perfeição do tempo se podia vencê-lo.


Assim pensava, e enganei-me,


porque o tempo não é pensável.


Concentrei-me em deixar de ser para poder ser tudo,


em esquecer para dominar a existência.


Eu sou o tempo; sou nada,


o nada veloz e imóvel que molda o corpo do tempo.


Deixar de ser é ainda acatar as regras implacáveis do ser.


Estou esgotado de correr contra a dor,


contra a memória,


contra a infância,


contra o amor


e o ódio.


Criei uma meta de tranquilidade que


se afasta tanto mais quanto mais corro para ela.


Não há paz no instante,


e eu vivo de instante para instante.


Começo a temer que a paz se alimente do sangue da paixão de que abjurei.


Sofreste tanto, na maratona torturante da paixão


– ensina-me a sofrer.


Ensina-me uma dor que não passe,


que possa fulgir no sulco das lágrimas


quando as lágrimas tiverem secado,


que possa deixar um lastro sobre a mesa


em que a minha cabeça pousou, desesperada.


Ensina-me a mansidão desse desespero


onde fervem as alegrias


passadas


e


futuras,


o esplendor do êxtase mortal.



(Inês Pedrosa in “Fazes-me Falta” )
O desassossego mora aqui dentro,
Aquieta-se vez ou outra,
Mas sempre se faz notar,
Não falha!
Não falta!
Mas a mescla é que me faz rir...
De mim e de outrem...
Também me faz chorar...
De alegria,
De tristeza,
De alguma falta...
Ou seria excesso...???
Desse mesmo amor que se esparrama...
Que se faz presente,
De dia,
De noite,
Ofusca,
Quase destoa..
Nunca adormece...
Ausente?
Presente?
Demente?
Não!
JUST LOVE...
True Love.
Kissssssssssssssssssssssssssss
Ale

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