segunda-feira, 2 de março de 2009

VERDADE...



Quero que todos os dias do ano

todos os dias da vida

de meia em meia hora

de 5 em 5 minutos

me digas: Eu te amo.

Ouvindo-te dizer: Eu te amo,

creio, no momento, que sou amado.

No momento anterior

e no seguinte,

como sabê-lo?

Quero que me repitas até a exaustão

que me amas

que me amas

que me amas.

Do contrário evapora-se a amação

pois ao não dizer:

Eu te amo,

desmentes

apagas teu amor por mim.

Exijo de ti o perene comunicado.

Não exijo senão isto,

isto sempre, isto cada vez mais.

Quero ser amado por e em tua palavra

nem sei de outra maneira a não ser esta

de reconhecer o dom amoroso,

a perfeita maneira de saber-se amado:

amor na raiz da palavra

e na sua emissão,

amor saltando da língua nacional,

amor feito som vibração espacial.

No momento em que não me dizes: Eu te amo

inexoravelmente sei

que deixaste de amar-me,

que nunca me amastes antes.

Se não me disseres urgente repetido

Eu te amoamoamoamoamo,

verdade fulminante que acabas de desentranhar,

eu me precipito no caos,

essa coleção de objetos de não-amor
(C. Drummond de Andrade)
É assim ???
Faz-se necessário ouvir ?
Fundamental?
Pode-se tudo...menos não dizer.
...
Preferencial...
Primordial que seja dito
Que amo
que amoooooo muito
amo amo amo tanto
Que nuncA DEIXEI de amar
Que vou amar sempre
Pra sempre
Impreterivelmente
De forma febril
Só ele
Sou dele
Pra ele
Com ele.
Não dizer-lhe é a morte...
( A minha morte...)
Um dia ele ainda vai perceber
que eu sempre digo...
Mesmo sem dizer.
beijooo
Ah...
AMO
AMO
AMO
AMO
AMO
AMO
AMO

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